Antes de esclarecer o que é a Psicologia Paliativa e como se aplica, é essencial compreendermos o universo dos Cuidados Paliativos. Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS (2017), Cuidado Paliativo é a abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes (adultos e crianças) e familiares que enfrenta, problemas associados a doenças ameaçam a continuidade da vida. Previne e alivia o sofrimento através da avaliação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. 

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"Proteger. Esse é o significado de paliar, derivado do latim pallium. Termo que nomeia o manto que os cavaleiros usavam para se proteger das tempestades pelos caminhos que percorriam. Proteger alguém é uma forma de cuidado, tendo como objetivo amenizar a dor e o sofrimento, sejam eles de origem física, psicológica, social ou espiritual." (ANCP - Academia Nacional de Cuidados Paliativos)

 

Ao contrário do que muitos pensam, cuidados paliativos é sobre Vida e sobre como priorizar a qualidade de vida mesmo diante de algo que ameaça a continuidade da vida. Com esta compreensão, a Psicologia Paliativa inclui apoio psicológico ao paciente, aos familiares e também aos profissionais da saúde. É importante reconhecermos que concomitante ao adoecimento biológico ocorre o adoecimento psíquico que envolve lidar com as perdas (perda o estado de saúde, perda da identidade, perda de uma rotina...) e os lutos que se instalam neste processo. A Psicologia Paliativa integra e amplia a experiência possibilitando que, desde o diagnóstico e durante todo o processo, o indivíduo se mantenha protagonista do cuidado e explore novos olhares, novas escolhas, novos significados e novas possibilidades para lidar com a realidade que se impõe. 

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A abordagem centrada na pessoa (ACP) tem como premissa que o cliente é quem sabe de si, sabe o que dói, que direções seguir, que problemas são cruciais e que experiências estão imersas. Como psicóloga paliativista meu dever é zelar e proteger a autonomia e a dignidade da pessoa humana validando suas necessidades, angústias e interesses. Junto ao paciente e de sua família faremos a travessia em um universo acolhe(dor) e transforma(dor) para todos os envolvidos. Há sempre muito a fazer. Há sempre muito para viver.

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"Não se constrói uma relação terapêutica centrada na pessoa sem uma escuta ativa, efetiva e afetiva.  A partir desse ponto, é possível compreender que o terapeuta deve dedicar-se na aplicação de atitudes e concepções relativas ao Ser Humano e não na aplicação de técnicas e habilidades."

Carl Rogers